الأربعاء، 28 سبتمبر 2011

Em torno do seriado " AMOR E REVOLUÇÃO " Qual a mensagem ?...

Em torno do seriado ...
..Amor e Revolução.

Procuramos avaliar esse seriado do SBT, fazendo-o de vários ângulos, visando captar a mensagem que pretende o autor nos transmitir. Além dos aspectos homo-sexuais – tão exageradamente focados ! -- detem-se o autor no clima então prevalecente no país, em pleno regime militar. De um lado o rigor destes últimos e, de outro lado, a guerrilha, buscando estabelecer flancos destinados a eliminar o que chamam de ditadura militar.

Ataques fetos a unidades militares, gerando mortes na calada da noite; roubos de material bélico, roubos a bancos, arruaças, se tornaram freqüentes. O caos se estabelecera, iniciando-se quebras de disciplina nas forças armadas, geradas por infiltrações diversas e por ação dos governantes.

O cenário , não apenas nacional como o mundial, era de insegurança absoluta, com os Estados Unidos e a União Soviética disputando a hegemonia mundial – a chamada “guerra fria” - em um mundo ainda não globalizado, com as comunicações entre os povos totalmente deficientes, o que fazia com que países como China e União Soviética fossem verdadeiros enigmas, temidas pelo perigo de suas ideologias esquerdistas e imperialistas. Algo semelhante à esfinge:-“ Decifra-me ou devoro-te...” Isto após dizimar-se as ditaduras de direita, do nazismo de Hitler, do fascismo de Mussolini, das ditaduras de Franco, em Espanha e de Salazar em Portugal, fanáticos autocratas, que castigaram o mundo de então.

O Brasil de era na época inexpressivo no contexto das nações; dependente economicamente dos Estados Unidos, vivendo praticamente da exportação de “commodities” e quase nada de manufaturados, era um devedor permanente e inadimplente, sempre negociando com o capital internacional composições geralmente não cumpridas. Até mesmo não tão distante, no governo Sarney, eram freqüentes as missões do FMI ( recebidas com todo respeito ) que vinham auditar o cumprimento das metas estabelecidas na visita anterior. E sempre terminava com o pedido de perdão ao FMI !... Duro, não acham ?...Os Estados Unidos de hoje já não são os Estados Unidos de então.

Não vamos nos alongar em comentários sobre a atuação da esquerda no governo Jango. No entanto nós, brasileiros de então, vivíamos em permanente receio de eventual intervenção dos comunistas, que apregoavam a excelência de vida de russos, chineses e cubanos. Isto, aliás, é o que se infere dos comentários dos guerrilheiros no seriado citado. Nesses 65 anos de lá para cá (1946-2011) a excelência de vida naqueles paises foi desmentida pela realidade inconteste.

A União Soviética se dissolveu, gerando os maiores problemas aos países do leste europeu; Cuba regrediu, privando seu povo dos mais elementares direitos, como o de-ir-e-vir; de propriedade; de ter seu próprio negócio; de pensar e agir livremente; forçado a conviver com moeda dupla, uma para uso do turista -- com maior poder aquisitivo e outra para uso do povo cubano -- com menor poder de compra. Transformaram Cuba em “capitania hereditária”, com a família Castro como donatária !

Berlim Oriental se desintegrou, valendo como simbologia de conquista da liberdade a demolição do cruel muro de Berlim; Surgiu um Berlim Oriental desorganizado, pobre, desestruturado, cuja integração à Berlim Ocidental custou a esta valores inimagináveis.

A restituição da ocidentalizada Hong Kong à China, após tantos anos de domínio britânico, aproximou o país do ocidente, incorporando-o ao mercado mundial, como economia de mercado, alterando, dando-lhe características de país capitalista embora com um discurso ainda comunista.

A China sabe – e todos nós sabemos – que o mundo não pode ignorar um país com cerca de 1,6 bi de habitantes, com sede de consumo, com expressiva cultura milenar, que muito tem a nos oferecer e a quem muito temos nós, os ocidentais, a proporcionar.

Mas é forçoso reconhecer que a liberdade total, a verdadeira democracia, terá que voltar a vigir, naquele gigante da Ásia.Talvez tenhamos que reconhecer, ao longo da história, que a China não errou ao estabelecer seu sistema centralizado e arbitrário de governo, mas isto já terá passado. Se com a população enorme (cerca de 1,3 bilhão) em seus 9,6 milhões de km2, 1/7 da população total do planeta, se não houvesse adotado em tempo hábil o controle da natalidade teria enfrentado um dos maiores problemas, uma gigantesca e incontrolável explosão demográfica ! Não cabe a nós analisarmos a conveniência ou não de outras práticas adotadas pelos chinezes. De momento, entendemos:- Os chinezes agiram direito por linhas tortas.

Mas voltemos aos acontecimentos de 1964:-
A situação era tal, inclusive com o próprio Presidente da República se envolvendo, que chegou o momento de as Forças Armadas interferirem em cumprimento às suas obrigações constitucionais de manterem a ordem e a segurança da nação. E foi o que fizeram, inclusive com o apoio da sociedade civil, que temia pela institucionalização da baderna no país. O pronunciamento do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco na televisão, trouxe a todos nós – cidadãos pacíficos – a tranqüilidade que tanto desejávamos, Os militares não poderiam permanecer omissos, simplesmente porque a historia os condenaria.

Provavelmente excessos terão havido – que entendemos condenáveis – mas estávamos em guerra, e em tais ocasiões muitas práticas são permissíveis. Mais esses excessos terão sido praticados por ambas as partes. E é nisto que o seriado “Amor e Revolução” peca na clareza de sua mensagem. E é nisto que a Comissão da Verdade há que considerar.

Álvaro Ramos
Cidadania-Brasil-Online
SP.28.09.2011
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