الأحد، 15 مايو 2011

PROTESTO CONTRA O METRÔ EM HIGIENÓPOLIS !...

“ Polêmica sobre estação de metrô assumiu tom de luta de classes “ Estadão – Página C-5.

Brilhante e oportuno o pronunciamento da sra. Silvana Rubino, chefe do Departamento de História da Unicamp, especializada em Antropologia Humana, e residente no bairro de Higienópolis há quatro anos, pronunciamento esse publicado no “Estadão” de hoje, sobre o protesto dos moradores contra a construção da estação de metrô naquele bairro.

Lamentável, condenável, revoltante mesmo, que uma suposta elite aja, propositalmente ou não, promovendo e estimulando ações e processos que resultam, ao longo do tempo, em desarmonia e luta de classes . Sempre nos orgulhamos de prevalecer, em nosso país, um clima saudável, em que todas raças e etnias convivem, sem confrontações e discórdias. Não somos um “oriente médio”, em que judeus e muçulmanos vivem em permanentes conflitos, denominados até mesmo de “querra santa”. Que tipo de santidade é essa, tão invocada para justificá-los ?

Aqui árabes e judeus, cristãos e muçulmanos, brancos, pretos e amarelos coexistem pacificamente e tudo devemos fazer para que esse clima permaneça. Que ousadia repousa nessa expressão “ gente diferenciada “ !?... Se o governo transigiu em relação à pretensão desses “raças puras”, que receba as nossas sinceras condolências. Deveria ter agido como procedeu quando esses mesmos “sangue-azuis” se opuseram à construção do Shopping Pátio Higienópolis, estabelecimento sofisticado, que beneficiou o bairro e que, certamente, deve ser freqüentado por muitos dos então opositores.

Residimos em Moema, um dos melhores bairros de nossa capital, e estamos satisfeitos porque logo teremos a linha lilás do metrô. Os reclamantes, se já foram à Europa, devem saber que os metrôs das grandes capitais são utilizados por passageiros de elevado “status”, muito bem trajados, por sinal. Serão esses oponentes melhores que eles ? E porque esse deslavado atrevimento de classificarem os eventuais usuários de “ gente diferenciada “ ?... “ Foi um jeito infeliz de dizer que eles temiam que pobres invadissem a área “, diz o artigo. Complexo de superioridade ? Insegurança de seus próprios valores ? Pobreza de espírito ? Falta de realização pessoal ? Carência de solidariedade humana ?...

E ignorância desse tipo é que gera a homofobia, com pessoas indefesas sendo covardemente agredidas, física e moralmente, com tanta freqüência. Discriminação contra judeus e nordestinos. Onde estamos, meu Deus ? Onde iremos parar ?

Não sabemos quais as etnias dos opositores que prevalecem no referido bairro. Quaisquer que sejam, porém, não têm o direito de cercear o direito de ir e vir dos demais cidadãos, tendo a petulância de considerar inferiores aqueles que pudessem ter acesso facilitado aos seus “domínios” pela construção da nova estação !...
Infeliz do país cujos governantes se curvam a interesses de uma minoria em detrimento da maioria. As comparações da eminente antropóloga são totalmente pertinentes e deveriam ser objeto de consideração dos dirigentes do metrô paulistano.

Álvaro Ramos
www.soramramos.blogspot.com











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