الأحد، 23 مايو 2010

APOIEMOS OS PROFESSORES, exemplo a ser seguido...

EXEMPLO A SER SEGUIDO...
... QUE OS PÁIS QUE NÃO SABEM EDUCAR SEUS FILHOS SEJAM PENALIZADOS FINANCEIRAMENTE...

A função do professor em nosso país, inclusive e especialmente no Estado de São Paulo, é das mais ingratas, sofridas e perigosas. O respeito pelo mestre, que no passado era uma grata realidade, hoje inexiste. Professores, sobretudo as mulheres, estão permanentemente expostos, sendo moral e fisicamente agredidos.

Uma simples reprovação revolta o aluno ( ou a aluna ) que apela para a força física para intimidar o mestre e conseguir a aprovação imerecida. Os filhos se queixam aos pais e eles tiram satisfação com o professor, de forma violenta e insultuosa. Postura equivocada, é claro, pois é elementar que a educação comece em casa. Independentemente de condição social, tanto os mais quanto os menos favorecidos, os adolescentes se comportam de forma incivilizada, depredando instalações, moveis e equipamentos dos colégios. Em alguns casos as diretorias se limitam a advertir o infrator, transferindo-o para outra classe, onde novos incidentes ocorrerão.

EXEMPLO A SER SEGUIDO...

“ Em Belo Horizonte um estudante da 7ª. série de um colégio particular foi condenado a pagar uma indenização de R$ 8.000,00 pela prática de “bullying” – agressões psicológicas e físicas, intencionais e repetidas contra uma colega de sala. Em decisão publicada em 19 deste mês, o juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27ª. Vara Cível, julgou razoável o valor da indenização,etc.,etc..etc.” (Estadão-20.05.10-“Aluno terá que pagar R$8 mil por bulying.)

Excelente artigo da psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva ) (Estadão-23.05.10- ( * ) “Não existe escola sem bullying” abordou vários aspectos ligados ao caso acima, analisando com grande brilho causas e efeitos de tais episódios. Citaremos alguns tópicos dessa análise, que merecem toda a divulgação, para que sirvam de orientação a colégios e pais de alunos. Vamos a eles.

– “Ana defende que os pais das vítimas recorram à Justiça para cobrar pelo tratamento psicológico para seus filhos”.
1) - “O bullying é democrático. Acontece tanto na escola particular quanto na pública. O que faz uma escola ser boa é saber como ela vai lidar dom o bullying.”
2) - “Seu filho é sensível demais” (fala o pai do infrator quando
ouve a reclamação dos pais da vítima ) “ o convidado a se retirar é o “sensível”.
3) - Os pais do infrator dizem que “mas é brincadeira...) ao que a psiquiatra comenta “se é brincadeira todos deveriam se divertir.”
4) - “ O bullying é um fenômeno típico das relações humanas. Agora percebemos mais porque estudamos mais. E lidamos com pais excessivamente permissivos.
5) - É difícil admitir que exista maldade, ainda mais em criança
de 8 anos, mas existe.

( * ) “Mentes Perigosas
nas Escolas” Ana Beatriz
Barbosa Silva, psiquiatra.

“ A cada dia, um professor se
licencia por dois anos “
(*) (Fábio Takahashi-Folha-21.05.10

“ Desde janeiro (2010) 194 se afastaram da rede estadual por problemas de saúde – Índice é o maior entre servidores; problemas nas cordas vocais, na coluna e psicológicos “ (*)

Excelente trabalho de Fábio Takahashi, que traduz com rara fidelidade em que consiste a vida dos professores. Seus comentários, coincidem com os nossos, que vimos observando a situação, que não é nova, dos professores, sobretudo os do ensino fundamental, que são levados a trabalhar sem condições adequadas e responsáveis por resultados dificelmente atingíveis, por conta principalmente do desinteresse e da falta de integração dos jovens, que extravasam na sala de aulas suas frustrações e problemas de família.

Permitimo-nos reproduzir alguns
trechos do excelente trabalho de Fábio.

Esperando que isto leve à meditação de todos nós, exatamente em benefício dessa categoria, alicerce da formação de nossos futuros cidadãos.

“O professor de história Carlos, 42 fala sozinho às vezes. Seu coração, conta, dispara sem motivo aparente. ”Não conseguia controlar os alunos. Queria passar o conteúdo. Poucos me ouviam. Foi me dando uma angústia, fiquei nervoso.”(*)

“Precisei me ausentar por problemas nas cordas vocais. Ficava muito rouca, no final da semana mal conseguia falar.” Passados três anos obteve uma licença médica, que se renova até hoje, sob o diagnóstico de disforia, ansiedade, depressão e inquietude”.(*)

“Entre os servidores da Educação, o índice desse tipo de afastamento é dos demais: 79% dos readaptados trabalham nas escolas, categoria que soma 53% do funcionalismo”(*)

“ A outra razão são as condições de trabalho. Em geral, os professores dão aulas em classes com mais de 35 alunos, possuem muitas turmas e poucos recursos ( não há, por exemplo, microfone”(*)

“Esta geração é muito ativa. O professor se vê frustrado dia a dia por não conseguir atenção deles” (Rudá Ricci, sociólogo ) (**)
(**) Folha-23.05.10-Pg.17)

Os comentários supra evidenciam as grandes dificuldades que nosso professorado encontra para o exercício de suas funções. Vale salientar que os ensinos básicos e fundamentais constituem o alicerce da formação de nossos jovens, que serão melhores cidadãos se conseguirem assimilar e praticar os ensinamentos que o governo lhes propicia, sem qualquer despesa.

Imprescindível que nossos jovens dêem valor a essa oportunidade de aprender e conquistar boa posição no mercado de trabalho, que está permanentemente necessitado de mão de obra para que suas indústrias continuem crescendo e gerando cada vez mais empregos. Se conseguirmos comportamento exemplar nas salas de aulas, respeitando seus professores e colegas, preservando o patrimônio intelectual e material da escola, melhorará a produtividade do ensino, diminuirão as repetências, conseqüentemente o custo do ensino e, como outra conseqüência, a disponibilidade de recursos orçamentários para novos investimentos, inclusive dos professores . Utopia ? Talvez, mas vale a pena pensar... e pensar logo.

Entendemos, porém, que o mais grave fator inibidor desse objetivo, é a falta de objetivismo, determinação, coragem e energia de nossos governantes. Os exemplos que citamos, de penas financeiras aos jovens infratores será o melhor caminho para se obter mais rapidamente que os pais controlassem seus filhos, ao invés de incentivá-los ! Se forem punidos financeiramente, com valores altos, certamente os pais controlariam os seus filhos. Os mais favorecidos teriam recursos para o pagamento de multas altas. Os menos favorecidos ( pai ou o próprio filho...) pagariam em serviços à comunidade, por exemplo manutenção de suas próprias escolas, ou cestas básicas.

Álvaro Ramos

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